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sábado, janeiro 30

Aneurisma cerebral


Aneurisma é uma dilatação anormal na parede de uma artéria, a qual é um vaso sanguíneo que carrega sangue rico em oxigênio do coração para outras partes do corpo. Quando o aneurisma ocorre em uma artéria do cérebro ele é chamado de aneurisma cerebral. A maioria dos aneurismas cerebrais não produz nenhum sintoma até que fiquem grandes e comecem a vazar sangue ou rompem-se. Quando o aneurisma cerebral cresce demais ele pode romper-se, causando sangramente perigoso, e freqüentemente fatal, dentro do corpo. Um aneurisma cerebral que rompe causa derrame, o qual pode incluir como sintomas dor de cabeça forte e súbita, náusea, vômito, pescoço duro, fraqueza repentina em uma área do corpo, dificuldade repentina de falar e até perda de consciência, coma ou morte. O grau de periculosidade do aneurisma cerebral depende do seu tamanho e localização no cérebro, se ocorreu vazamento ou ruptura, e ainda a idade e saúde geral da pessoa.
Causas do aneurisma cerebral

Um aneurisma pode ser resultado de arteriosclerose. Quando a arteriosclerose desenvolve-se, a parede da artéria fica grossa, danificando e perdendo seu revestimento interno normal. A área danificada da artéria pode se dilatar em decorrência da pressão sanguínea, resultando em aneurisma. O aneurisma também pode ocorrer em decorrência da constante pressão alta dentro de uma artéria.


Fatores de risco para o  aneurisma cerebral

Os fatores que podem aumentar o risco de aneurisma cerebral incluem:
* Arteriosclerose.
* Fumo - há oito vezes mais risco de desenvolver aneurisma se a pessoa fuma.
* Histórico familiar de aneurisma, doença cardíaca ou outros problemas nas artérias.
* Pressão muito alta e contínua entre os 35 e 60 anos de idade.
* Uso de entorpecentes como cocaína.



Sinais e sintomas do  aneurisma cerebral

Se o aneurisma cerebral pressionar nervos do cérebro, ele pode causar sinais e sintomas que incluem:
* Pálpebra caída.
* Visão dupla ou outras alterações na vista.
* Dor acima ou atrás do olho.
* Pupila dilatada.
* Fraqueza ou falta de sensibilidade em um lado da face ou do corpo.

Se o aneurisma cerebral romper-se, os sintomas podem incluir dor de cabeça súbita e forte, náusea, vômito, pescoço duro, perda de consciência e sinais de derrame. Os sinais de derrame são similares aos mencionados para o aneurisma cerebral, mas eles geralmente aparecem subitamente e são mais severos. Qualquer um desses sintomas requer atenção médica imediata.


Tratamento do  aneurisma cerebral

O tratamento para aneurisma cerebral depende do seu tamanho, localização, se está infectado e se houve ruptura. Um aneurisma cerebral pequeno que não se rompeu pode não necessitar de tratamento. Um aneurisma cerebral grande pode pressionar o tecido do cérebro, causando dor de cabeça forte ou visão prejudicada, e tem grande probabilidade de romper. Se o aneurisma romper, haverá sangramento no cérebro, que causará derrame cerebral. Se um aneurisma cerebral ficar infectado, necessitará de tratamento médico imediato. O tratamento para muitos aneurismas cerebrais, especialmente os grandes ou que estão crescendo, envolve cirurgia, a qual pode ser arriscada dependendo da localização.

Cirurgia de Aneurisma Cerebral

Começamos explicando a cirurgia tradicional, só assim é possível conhecer com exatidão os pontos positivos da embolização: a cirurgia tradicional dos aneurismas cerebrais é realizada com a abertura do crânio (craniotomia) e pela dissecção microcirúrgica dos vasos cerebrais, identificando-se a lesão e aplicando-se um clip cirúrgico no seu colo (sua origem, implantação na artéria portadora da lesão).     

Uma corrente elétrica de baixa voltagem é então aplicada sobre a mola rompendo a resistência e “largando” a mola no local desejado, ou seja, no interior do aneurisma. A grande vantagem da mola desenvolvida por Guglielmi, a qual foi chamada de GDC (Guglielmi Detachable Coil), foi a possibilidade de se reposicionar (retirar se necessário) até o momento de sua largagem.

A micro-cirurgia teve seu grande avanço nos anos 80 com o desenvolvimento do microscópio cirúrgico e, sem dúvida seu desenvolvimento foi um grande marco no tratamento destas graves lesões que anteriormente não apresentavam opção de tratamento adequada.

As técnicas alternativas tiveram seu início efetivamente na década de 90, com o desenvolvimento por Guido Guglielmi, um neurocirurgião italiano, na UCLA - Los Angeles, de uma espiral de platina (mola) eletroliticamente destacável.

Motivado pela perda de seu pai devido a um aneurisma cerebral operado e com má evolução, Guglielmi desenvolveu uma mola de platina fina (espessura de 0,010 e 0,018 de polegada) e com diâmetros que variam de 2 a 20 mm. A mola é ligada a um fio metálico da mesma espessura que a empurra até o interior do aneurisma. A união das 2 partes (mola e fio) é feita por uma resistência elétrica. Uma vez cateterizado o aneurisma e desenrolada a mola no seu interior, a junção das 2 partes encontra-se, neste momento, ao nível do colo do aneurisma.

O processo é assim repetido até que não caibam mais espirais, ocluindo integralmente o fluxo no aneurisma. Atualmente, há diversas molas destacáveis com largagem por processos eletrolíticos e hidráulicos, e que apresentam resultados semelhantes.

O objetivo da embolização consiste na oclusão mecânica da cavidade do aneurisma. Posteriormente um trombo se organiza nos interstícios das molas e uma nova camada endotelial recobre o colo do aneurisma.

Inicialmente a técnica foi utilizada somente nos pacientes em mau estado neurológico (graus clínicos avançados – 4 e 5) e naquelas topografias onde a micro-cirurgia era muito arriscada. Com o tempo e a experiência adquirida, ela passou a ser utilizada em um número crescente de casos, incluindo aqueles ditos “cirúrgicos”.

Até o momento, mais de 200.000 pacientes já foram tratados por este método – uma casuística que demonstra a consagração da técnica.

Aneurisma Cerebral Sintomas

O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do aneurisma.

Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar a rigidez de nuca que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e irrita as raízes nervosas provocando dor nas costas.

Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e entupindo pequenas artérias.