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segunda-feira, outubro 5

É possível prevenir um aneurisma cerebral?

É normal que ao passar por um quadro de doença venha a dúvida: mas eu poderia ter feito alguma coisa para evitar isso? Na maioria das vezes, a resposta é sim. A prevenção é a melhor forma de evitar o desencadeamento e, principalmente, o agravamento de uma série de doenças em nosso organismo.

O aneurisma cerebral é um exemplo disso. Embora não seja possível impedir que ocorra a formação de um aneurisma no cérebro, a adoção de alguns cuidados pode evitar que ele se agrave e se rompa.

Considerada uma doença muito grave, seu grande perigo é que, na grande maioria das vezes, ela é assintomática. Porém, pode levar a óbito e deixar sequelas em 40% dos casos.

Um aneurisma cerebral acontece quando ocorre uma dilatação anormal de uma artéria, por enfraquecimento local de sua parede.

Já quando ocorre a ruptura nas artérias, alguns sintomas ficam evidentes como dores de cabeça intensas, fraqueza em partes do corpo e até mesmo convulsões. Também é comum ocorrer o rebaixamento da consciência, que pode se manifestar devido ao quadro de convulsionamento, sonolência abrupta e excessiva e até o coma. O atendimento emergencial é fundamental nesse caso.

Alguns fatores potencializam o agravamento e ruptura das artérias:

  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Cigarro e álcool;
  • Colesterol e triglicérides altos;
  • Histórico familiar.


Fique atento aos sintomas acima: o surgimento repentino de fortes dores de cabeça indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar. Sempre informe seu médico sobre a ocorrência de casos de aneurisma em sua família. Isso ajuda no diagnóstico e prevenção do problema.

Sintomas de aneurisma cerebral e enxaqueca podem ser facilmente confundidos


O aneurisma cerebral é uma dilatação anormal do vaso arterial do cérebro e quando ocorre sua ruptura a pessoa sofre um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH). A condição é grave e o diagnóstico rápido faz a diferença, já que a demora no atendimento pode aumentar as complicações, os riscos de sequelas e até aumentar o risco de morte.

Segundo estimativa da Fundação Brain Aneurysm, a cada quatro pacientes que procuram atendimento nos prontos-socorros com queixa de forte dor de cabeça, vômito, náuseas e incômodo devido à claridade, um será diagnosticado equivocadamente com enxaqueca. "Esse dado é alarmante, pois a taxa de mortalidade é de 50% nos casos de AVCH e se o paciente é mandado para casa o risco de morte é ainda maior. Apenas 10% das pessoas que sofrem um aneurisma cerebral voltarão a ter a vida que tinham antes, 40% terão sequelas. Os sintomas da enxaqueca e do rompimento do aneurisma cerebral podem ser confundidos, por isso é de extrema importância que o médico da emergência faça uma avaliação minuciosa, pedindo todos os exames para afastar qualquer dúvida", alerta o especialista em cirurgia vascular cerebral do IBRAIN - Instituto Brasileiro Integrado de Neurociência, Dr. Sérgio Tadeu Fernandes.

O neurocirurgião mostra que mais de 2% da população têm algum tipo de aneurisma cerebral e não sabe, mas não são todos que irão se manifestar. "O aneurisma pode ser congênito ou aparecer no decorrer da vida. Os aneurismas que nunca romperam, ou seja, não provocaram sangramento, geralmente são silenciosos, não apresentam sintomas, principalmente os de menor tamanho", explica.

As causas da doença são multifatoriais e mais comuns na faixa dos 50 anos. Alguns fatores de risco são: hipertensão arterial, colesterol elevado, fumo, diabetes e histórico familiar também tem influência.

Dr. Sérgio ressalta que a dor de cabeça atípica e deve ser investigada. "Quando a pessoa sente uma dor aguda de repente, a pior de toda vida, a suspeita é de aneurisma cerebral. O atendimento médico deve ser procurado imediatamente. Outra situação que merece atenção é quando a pessoa sofre frequentemente com dor de cabeça e começa a perceber que essa dor está ficando cada vez mais intensa, pode ser um sinal do aneurisma e o quanto antes começar o tratamento a chance de reverter o quadro é bem maior", destaca o especialista.